Num mundo onde o "eu" toma conta de nós. Onde fazemos questão de esquecer das causas dos outros, porque as nossas são muito mais importantes e urgentes. Onde os governantes, que deveriam lutar e representar o seu povo, só sabem roubar, desviar verbas e mentir. Onde a irmandade, o amor ao próximo e até mesmo o respeito são quase extintos. É nesse mundo que vivemos, acomodados, esperando o tempo passar e nos preocupando com o nosso próprio bem e, quem sabe, de mais alguns que nos cercam.
É preciso ter fé de que um dia as coisas mudarão. De que crianças não mais morrerão de fome. De que a violência não será mais uma causa de morte tão significativa. De que o amor vai prevalecer e tudo acabará às mil maravilhas. Utópico, né? Pois é.
Essa perfeição toda realmente é utópica demais, não acredito que um dia ocorra. Afinal, vivemos num mundo de humanos, e nós, quanto humanos erramos. É natural. Nossa essência. Então um mundo perfeito, de fato, seria muitíssimo difícil de se alcançar. Mas, e se pensarmos num mundo onde a injustiça fosse menos frequente? Num mundo em que a desigualdade fosse entre quem muito tem e quem pouco tem ao invés de quem muito tem e quem NADA tem?
Não penso num mundo inteiro socialista, onde só hajam pessoas em condições igualitárias. Mas almejo, sim, um mundo onde os menos abastados tenham condições de viver dignamente. Acho que achei o x da questão... Pelo menos o meu x da questão. Entre muitas coisas, está faltando dignidade!
No fundo, o que precisamos é uma mudança individual de cada ser que habita esse planeta tão doido chamado de Terra. Por isso não faço ideia de quais mudanças seriam, de quem tem que mudar mais, e nem nada disso. O que tenho certeza é que eu quero mudar. Não quero achar que os meus problemas sejam mais importantes que os dos outros, ou que por pensar assim sou mais sensível que os outros. Espero que a minha mudança seja minha para com as pessoas. Se os outros em geral não notarem, não importa. Nem toda mudança precisa ser vista, né?