quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Hoje estou emotiva!

Hoje estou meio emotiva. Ok, mas quando não?
Hoje estou meio emotiva, afinal, último dia de aula do quinto ano. Logo menos sou médica!
Como estou emotiva e hoje foi o último dia do quinto ano gostaria de agradecer por tudo que aconteceu até aqui, principalmente em 2015.
Conquistei algumas coisas com o meu esforço e conhecimento, ainda que este esteja apenas em formação. Aprendi muito, talvez mais até do que nos primeiros quatro anos juntos!
Não gostava de G.O., rodei em dois hospitais maravilhosos, com pessoas mais maravilhosas ainda! Vi que disciplina não faz mal, muito pelo contrário, que um serviço público pode ser organizado e funcionar, ainda que alguma precariedade. Aprendi a gostar de G.O., ainda que essa não seja a especialidade  que escolhi para a vida.
Na pediatria aprendi a não ter preconceitos, que crianças não são apenas choro e catarro. Que podem ser tão complexas e mentalmente bagunçadas como os adultos, mas que são crianças, e que entre muitas carências talvez a que mais grite seja a de cuidado. Vi recém nascido com microcefalia, antes mesmo dessa epidemia, fiz teste do olhinho, vi um neonato prematuro nascer em asfixia, morrer e voltar, ser intubado, ir para o cti e ser um verdadeiro vencedor em tão pouco tempo de vida.
Na cirurgia (<3 a.="" a="" antes="" apendicites="" auxiliei="" baleado="" cirurgi="" cirurgia="" conhecidos="" de="" desgaste="" deu.="" duvidei="" e="" em="" entrei="" era="" es="" especialidade...="" essa="" eu="" femoral="" foi="" fugir="" h="" igual="" in="" isso="" j="" mas="" me="" meras="" muitas="" n="" nbsp="" nenhuma="" o="" os="" outra.="" p="" partir="" passarem="" pena="" presenciei="" que="" queria.="" realmente="" reanimado="" residente="" rnias="" se="" senti="" ser="" tentei="" todo="" um="" valeriam="" vezes="" vi="" via="">Enfim, todos os rodízios foram especiais. Aprendi demais. Vivi inúmeras experiências que de fato serão indeléveis. Porém, o rodízio que mais me surpreendeu foi o de clínica médica. Quem diria, não?
Participar da evolução, ver o dia a dia do seu paciente e seus familiares, apoiar quando preciso. Apoiar sempre, aliás.
Nesse último rodízio tive o prazer de conhecer M.S.S., 85 anos, com um CA de pulmão já metastático, e com proposta terapêutica apenas de paliação. Passei algumas semanas com essa paciente. Conheci suas filhas. Fiz o que esteve ao meu alcance quanto aluna... Hoje, achei que a veria partir. Em meio as lágrimas dos familiares e à súplica da paciente pela morte só pude fazer uma única coisa: estender minha mão e consolar. Não me senti frustrada ou derrotada pela doença da paciente, pelo contrário, eu que sou tão emotiva estava ali ajudando da maneira que me cabia sem derramar uma única lágrima. Meu coração esteve leve.
Como disse, hoje foi o último dia. Muito provavelmente não saberei os detalhes do desfecho dessa história, mas com toda a certeza será mais uma paciente que terá meu eterno carinho e gratidão (essa pelo tanto que aprendi com ela!). Mas, não só ela. Tudo nesse ano tão lindo o terá! Que mais anos sejam como 2015.

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A arte do desapego

Quando escuta a palavra "desapego" o que vem na sua mente?
O famoso jargão "pegar sem se apegar"? O ato de fazer o que você quer sem dar a mínima para o que os outros pensam? Ou, ainda, achar que na vida nunca é preciso ter compromisso com nada ou ninguém?
O real sentido de desapegar é simplesmente deixar as coisas fluírem, sem cobranças ou exigências. Cada situação tem um caminho a seguir e nós, quanto donos de nossas vidas, temos o direito de tentarmos guiar esse caminho para que consigamos frutos da tal situação. Por mais que desejemos muito não cabe a nós, ainda mais quando a questão não é apenas sobre nós mesmos e inclui outras pessoas, mudarmos o caminho das coisas. Afinal, são tantos fatores que influenciam no resultado.
Fluir, aceitar, esquecer os medos, acreditar que o que tiver de vigorar vai vigorar, o que tiver de se calar, calará. É acreditar que o universo tem algo especial, que quando aparecer não caberá a ninguém criar amarras, as coisas simplesmente acontecerão.
Então, desapegar... Que coisa difícil, hein? Vamos tentando, um dia a gente evolui e aprende.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Eu, tu, ele, nós, quem?



    Num mundo onde o "eu" toma conta de nós. Onde fazemos questão de esquecer das causas dos outros, porque as nossas são muito mais importantes e urgentes. Onde os governantes, que deveriam lutar e representar o seu povo, só sabem roubar, desviar verbas e mentir. Onde a irmandade, o amor ao próximo e até mesmo o respeito são quase extintos. É nesse mundo que vivemos, acomodados, esperando o tempo passar e nos preocupando com o nosso próprio bem e, quem sabe, de mais alguns que nos cercam. 

    É preciso ter de que um dia as coisas mudarão. De que crianças não mais morrerão de fome. De que a violência não será mais uma causa de morte tão significativa. De que o amor vai prevalecer e tudo acabará às mil maravilhas. Utópico, né? Pois é. 

    Essa perfeição toda realmente é utópica demais, não acredito que um dia ocorra. Afinal, vivemos num mundo de humanos, e nós, quanto humanos erramos. É natural. Nossa essência. Então um mundo perfeito, de fato, seria muitíssimo difícil de se alcançar. Mas, e se pensarmos num mundo onde a injustiça fosse menos frequente? Num mundo em que a desigualdade fosse entre quem muito tem e quem pouco tem ao invés de quem muito tem e quem NADA tem? 



    Não penso num mundo inteiro socialista, onde só hajam pessoas em condições igualitárias. Mas almejo, sim, um mundo onde os menos abastados tenham condições de viver dignamente. Acho que achei o x da questão... Pelo menos o meuda questão. Entre muitas coisas, está faltando dignidade


    No fundo, o que precisamos é uma mudança individual de cada ser que habita esse planeta tão doido chamado de Terra. Por isso não faço ideia de quais mudanças seriam, de quem tem que mudar mais, e nem nada disso. O que tenho certeza é que eu quero mudar. Não quero achar que os meus problemas sejam mais importantes que os dos outros, ou que por pensar assim sou mais sensível que os outros. Espero que a minha mudança seja minha para com as pessoas. Se os outros em geral não notarem, não importa. Nem toda mudança precisa ser vista, né?





domingo, 16 de setembro de 2012

E quando o amor acaba?

Tenho já meus vinte anos e até hoje não sei responder muitas coisas sobre amar. Acredito que nem quando estiver beirando os meus oitenta eu saiba de tudo de alguma coisa, ainda mais de tudo de amor

Já fazem algumas semanas que alguma coisa me incomodava e me fazia pensar em como tudo muda de uma hora para outra, seja para o bem ou não. Essa vulnerabilidade das coisas que nos cercam na vida sempre me atormentaram demais! Assim como a própria vida que ora está entre nós e ora resolve, por infelicidade do destino, nos deixar, o amor parece ser para mim. Um dia você acorda e não tem ninguém que te faça ser, e eis que surge esse alguém que faltava e, que por algum motivo que talvez nunca saibamos ao certo qual, te faz amar, sonhar, esperar e todos os outros verbos que caibam nesse sentimento imenso.

Acontece que mesmo sendo maravilhoso, até as melhores coisas dessa vida uma hora chegam, ou podem chegar, ao fim. Por algum motivo hoje resolvi entrar no facebook de uma amiga minha, e lá ela comentava de um filme: Valentine Blue (ou o título brasileiro "namorados para sempre"). Eu, como louca que sou, no final de semana antes da minha semana de provas da faculdade resolvi perder duas horas do meu dia precioso de estudo e assistir ao filme (aliás, agora mais do que duas horas, já que resolvi postar aqui). 

De início achei que não fosse gostar muito do filme, não li a sinopse e pelo título achei que fosse ser mais um romancezinho água com açúcar. Mas eu errei completamente! O filme simplesmente retratou de maneira magnífica, e bastante fidedigna, o que acontece a cada dia com muitos casais por ai: quando o amor esgota! Não só por traição, por deslealdade, e nem outros fatos atribuíveis a falta de caráter. E sim, pelas pequenas coisas do dia a dia que são feitas ou faladas sem pensar, que machucam aos poucos, desgastam, até um ponto que a lesão já se instalou de maneira crônica, e dificilmente o casal conseguirá reverter o quadro.   

Não sei se foi porque eu passei uma semana inteira pensando "e se acabar?" ou se simplesmente o filme é bom mesmo, só sei que a história me tocou, e se eu tivesse que retirar do filme alguma lição acho que seria para não olharmos só para nós mesmos, a pessoa que escolhemos para estar ao nosso lado é importante também! Acho que devemos prestar atenção nas coisas que não estão certas para tentarmos consertar o mais rápido possível, afinal, assim como eu, acredito que ninguém queira nenhum tipo de cronicidade atrapalhando os relacionamentos. 

Não quero que acabe por acabar, quero gostar sem ter medo da outra parte não estar gostando junto... Acredito que se cada um fizer a sua parte de um mal não sofreremos, e se for pra sofrer de alguma coisa que seja de amor!  



Um trechinho do filme, e clicando aqui o filme completo! 

domingo, 28 de novembro de 2010

E aí tudo muda

É impressionante como certas pessoas exercem sobre a gente algum tipo de mágica, persuasão, sei la o que é... Sabe?
Tudo está na maior normalidade, então ela aparece, mexe com tudo e pronto... quando você vê já estão naquele velho lenga lenga de sempre! E o pior é que as coisas não mudam, nunca!
Ai você se pergunta "se nada muda, por que o título da postagem é ' e aí tudo muda'?". Boa questão! Tudo muda porque os seus pensamentos, os seus atos, tudo no geral, sai da normalidade e passa a ser como antigamente...
O pior é que o sentimento é bom, os dias são bons, tudo parece mil vezes melhor... Mas, sempre tem um porém, né?



Who Knew - Pink

You took my hand, You showed me how
You promised me you'd be around,
Uh huh...That's right
I took your words and I believed
In everything, You said to me,
Yeah huh...That's right

If someone said three years from now, You'd be long gone
I'd stand up and punch them out, Cause they're all wrong
I know better, Cause you said forever
And ever, Who knew

Remember when we were such fools
And so convinced and just too cool,
Oh no...No no
I wish I could touch you again
I wish I could still call you friend
I'd give anything

When someone said count your blessings now, 'fore they're long gone
I guess I just didn't know how, I was all wrong
They knew better, Still you said forever
And ever, Who knew

Yeah yeah

I'll keep you locked in my head
Until we meet again,
Until we...
Until we meet again
And I won't forget you my friend
What happened?

If someone said three years from now, You'd be long gone
I'd stand up and punch them out, Cause they're all wrong and

That last kiss, I'll cherish, Until we meet again
And time makes, It harder, I wish I could remember
But I keep, Your memory, You visit me in my sleep

My darling, Who knew
My darling, My darling
Who knew, My darling
I miss you, My darling
Who knew, Who knew

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

sabe o vazio?